O vírus HIV é classificado como um lentivírus, família de vírus com período de incubação longa e que estão relacionados ao aparecimento de doenças neurológicas e imunossupressoras. Portanto, as infecções pelo HIV não se limitam apenas ao surgimento de doenças oportunistas, mas também aquelas relacionadas ao cérebro, meninges, medula espinhal, músculos e nervos.
E é sobre esse assunto que abordaremos no nosso artigo de hoje. Acompanhe:
Complicações neurológicas do vírus HIV
A primeira manifestação sintomática do HIV, em cerca de 15% das pessoas infectadas, são doenças neurológicas. Já naqueles em que a infecção já está evoluída, estima-se que 60% dos pacientes apresentarão algum tipo de disfunção neurológica durante a evolução da sua doença.
Quando abordamos o aparecimento de doenças neurológicas subclínicas, sem sinais aparentes, o acometimento de pacientes com HIV é ainda maior. Autopsias realizadas em pacientes que morreram devido a Aids demonstraram anormalidades patológicas no sistema nervoso desses indivíduos em 75-90% dos casos.
Dentre as doenças neurológicas com maior índice de desenvolvimento em países que disponibilizam tratamentos antirretrovirais, estão a neuropatia periférica e disfunções cognitivas associadas ao HIV, como a demência, por exemplo.
Contudo, quando falamos de países subdesenvolvidos, e que não oferecem opções de medicamentos para controle do vírus no organismo, as infecções do Sistema Nervoso Central são as maiores responsáveis pelo comprometimento neurológico desses pacientes e também de mortalidade neurológica relacionada a AIDS.
Além disso, o HIV também pode ser motivador de doenças como, por exemplo, meningite criptocócia, meningite bacteriana fulminante, neurotuberculose, neurossífilis, toxoplasmose, linfomas, infecções por fungos ou bactérias e mielopatia vacuolar.
Como o HIV estimula complicações neurológicas?
Estudos demonstram que o HIV não causa danos especificamente as células relacionadas ao sistema nervoso, contudo, é motivador de inflamações pelo corpo. Dessa maneira essas inflamações podem acabar prejudicando a medula espinhal e o cérebro. Impedindo inclusive que as células nervosas funcionem propriamente.
Além do mais, alguns medicamentos utilizados para o tratamento do HIV e da Aids também podem causar problemas neurológicos. Porém, isso vai depender principalmente da pré-disposição genética do paciente. Tratar o HIV para prevenir a Aids é sempre a melhor opção.
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