Epilepsias, qual médico devo procurar?

Epilepsia é uma doença cerebral crônica de origem bastante diversificada. Caracteriza-se, principalmente, por crises epilépticas recorrentes, que são descritas como a hiperestimulações das áreas mais externas do cérebro humano que pode ser motora, sensitiva, psíquica ou comportamental. Essas áreas são responsáveis pelas nossas interações com o meio.

É estimado que 1% da população mundial possua epilepsia e que, dessa fração, 30% continuam a ter crises mesmo com tratamentos medicamentoso e multiprofissional adequados. Além disso, é importante saber que a incidência da doença é maior nos extremos de idade, ocorrendo mais nos primeiros anos de vida, depois há queda de sua prevalência, voltando a ser bastante incidente após os 60 anos de vida de forma progressiva.

Como dito anteriormente, nas crises epilépticas, haverá exacerbação de nossos sentidos de interação com o meio. Entre os sintomas, podem existir apresentações sensoriais como:
— Parestesias (dormência);
— Sintomas visuais;
— Sintomas auditivos;
— Sintomas olfatórios, entre outros. 

Existem também as apresentações motoras com os abalos clônicos — o paciente contrai e contorce as extremidades do corpo perdendo a consciência que após a crise é recobrada gradativamente — e crises tônicas focais, que podem ser facilmente percebidas por aqueles que presenciam uma crise epiléptica.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é clínico, ou seja, feito por um Médico capacitado para fazer a coleta adequada dos dados e do histórico do paciente que relata crises epilépticas. Neste caso, é fundamental o acompanhamento com um Médico Neurologista, que é o especialista para a atuação com tudo aquilo que diz respeito ao Sistema Nervoso do corpo humano. 

É importante no diagnóstico, a presença de uma testemunha ocular das crises no consultório médico, para que elas possam ser descritas detalhadamente.

Como auxílio, o médico poderá solicitar métodos diagnósticos complementares como o Eletroencefalograma, que será responsável por um diagnóstico mais acurado do quadro clínico do paciente, sendo capaz de confirmar se o paciente tem ou não epilepsia, além de mostrar as áreas cerebrais envolvidas nas crises e, também, indicar se o tratamento tem sido adequado para o controle da doença. 

Na suspeita de lesões estruturais, que possam estar causando o quadro epiléptico, os recursos adequados a serem utilizados são a Neurorressonância Magnética e a Tomografia Computadorizada de crânio, que poderão apresentar imagens de possíveis lesões cerebrais.

Como é o tratamento?

O tratamento é feito pelo Médico Neurologista e é importante saber que cada paciente responde de forma específica às terapias disponíveis, logo, para a melhor conduta terapêutica em busca do controle da doença, um médico especialista deverá ser consultado.

Lembre-se! Não tenha medos, preconceitos ou vergonha. A Epilepsia não é uma doença contagiosa e muito menos um estado em que os seus portadores possam causar danos à sociedade.

Você conhece algum paciente em tratamento para controle da Epilepsia? Compartilhe conosco nos comentários e ajude outros leitores a entenderem melhor como funciona a doença.